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Cinematograficamente Falando ...

Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

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Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

Matthew Perry (1969 - 2023), o trágico amigo

Hugo Gomes, 29.10.23

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Matthew Perry conheceu o sucesso como Chandler na sitcom de sucesso "Friends" (1994 - 2004)

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Ao lado de David Schwimmer no especial "Friends: The Reunion" (Ben Winston, 2021)

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Na comédia de época co-protagonizada por Chris Farley [seu último papel no cinema], "Almost Heroes" (Christopher Guest, 1998)

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Em "17 Again" (Burr Steers, 2009) partilha com Zac Efron a pele de um adulto fracassado com demasiados arrependimentos

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Em conflitos culturais com Salma Hayek em na comédida romântica "Fools Rush in" (Andy Tennant, 1997)

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Num dos sucesso da sua carreira, "The Whole ine Yards" (Jonathan Lynn, 2000), com Bruce Willis e Michael Clarke Duncan. Obteve sequela quatro anos depois, desta vez, fracassando nas bilheteiras.

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Com Elizabeth Hurley na comédia "Serving Sara" (Reginald Hudlin, 2002)

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Ao lado de Lauren Graham no discreto "Birds of America" (Craig Lucas, 2008)

Desesperada, mortal e sexy

Hugo Gomes, 08.09.15

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Salma Hayek oferece o corpo ao manifesto neste survivor horror com presença bem afinada no território de ação. Em certa parte poderíamos incutir este “Everly”, de Joe Lynch (“Wrong Turn 2: Dead End”), como um descendente estilístico, embora mais tímido, do frenético “The Raid”, pela forma como coordena a ação em espaços reduzidos e como joga com o fora-de-campo. Contudo, é também evidente encontrarmos aqui um distinto gosto pelo cinema de Luc Besson, integrando uma fixação quase carnal entre mulheres e armas.

Hayek parece ter aprendido a arte de defesa e sadismo nas incursões mexicanas de Robert Rodriguez (“Desperado”, “Once Upon Time in Mexico”), dotes úteis que servem para a sua proteção contra yakuzas famintos por sangue, cães raivosos e assassinos com tendências teatrais. Ela é uma mulher completamente sexualizada (esteticamente falando) que terá que lutar pela sua vida, assim como proteger aqueles que mais ama, de um vingativo namorado, que afinal é um gangster de primeira.

O resultado é um jogo de gato e rato com mirabolantes massacres por parte de uma realização competente de Lynch e fundamentada com uma dose generosa de absurdismo e incredibilidade. Sim, em certo sentido, este “Everly” é um filme desmiolado e despreocupado, mas efetivo em termos visuais. A verdade é que Salma Hayek dá uma ajudinha a distribuir a sua “graça” e sex appeal no grande ecrã. Ela torna-se num ídolo dourado deste produto de entretenimento que percorre territórios já caminhados e, muitas vezes, primorosamente pisados.

Assim, este filme entretém o quanto baste, mas sem o efeito novidade e ousadia para ficar na memória. No fim das contas, tudo se resume a série B sem pretensões, com protagonismo no feminino a relembrar o típico cinema exploitation (*cof* Russ Meyer *cof*).