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Cinematograficamente Falando ...

Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

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Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

Fica o convite para a viagem pelo Cinema de Tavernier

Hugo Gomes, 25.03.21

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Mais do que um somente realizador, Bertrand Tavernier (1941 - 2021) foi, acima de tudo, um pensador. Alguém que interagia e compreendia a sua relação com o cinema, e em particular o francês. Obviamente que não podemos deixar de referir “Voyage à Travers le Cinéma Français” (2016), a sua hercúlea e enciclopédica tarefa de salientar, recuperar e resgatar filmes hoje menosprezados devido à influência das vanguardas onipresentes, como também não podemos ignorar o seu percurso na atividade propriamente dita. Assim, viajando em conjunto com Tavernier, seguimos no sabor das alegorias da televisão mórbida e da sociedade obcecada pelo macabro em “Death Watch” (“La Mort en Direct”), ou em cumplicidade com Robert Parrish perseguimos o espirito musical que se instalou nos arredores dos Everglades em “Mississippi Blues”, caminhamos a favor de uma bucolismo quase renoireano em “Un Dimanche à la Campagne” ou mais recentemente perdemos no encanto de Mélanie Thierry em "La Princesse de Montpensier". Para Tavernier a viagem chegou ao fim, mas para o Cinema nem a meio percurso vai.

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La Princesse de Montpensier (2010)

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Un Dimanche à la Campagne (1984)

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Mississippi Blues (1983)

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"Death Watch" /La Mort en Direct(1980)