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Cinematograficamente Falando ...

Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

Cinematograficamente Falando ...

Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

"Só uma nota" sobre a crítica ...

Hugo Gomes, 30.07.24

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Ratatouille (Brad Bird & Jan Pinkava, 2007)

Deixo-vos um pequeno aperitivo que tem um pouco da minha demanda das demandas, a crítica de cinema: da sua natureza, às relações, funcionalidades como as suas diferentes plataformas. Para que serve a crítica? Para quem serve a crítica? E para quando precisamos da crítica?

Um episódio de "Só uma Nota" , podcast de José Paiva, com os oradores Susana Bessa (obrigado pela menção ❤) e Rui Alves de Sousa.

Fica a sugestão ... ouvir aqui

A crítica em marcha de retirada

Hugo Gomes, 25.03.23

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That’s what a critic is, not necessarily an expert or an authority, but a companion.A.O. Scott

Para muitos estes são os sinais do tempo, para outros as mudanças que vêm para ficar, sendo triste que tudo culmine numa gradual extinção de um cargo, ou mais que isso, num ofício de arte. Tenho debatido, quase incansavelmente, sobre o futuro e a possível natureza resiliente da crítica de cinema, e alguns e defensáveis gestos do qual proponho são ocasionalmente (vá, maioritariamente) incompreendidos como atos radicais (por exemplo, encaro as ‘estrelas’ e as respectivas pontuações como “cancros” e condicionadores do pensamento nesta forma). 

Entretanto, um dos veteranos críticos, A.O. Scott da The New York Times, decidiu abandonar o posto após 20 anos de ativo, e para justificar a sua determinada evasão, a plataforma lança este áudio [conversa preparada, digamos assim] em que explica os fatores que o motivaram a tal cisão. Entre eles, como é de esperar, a transformação do cinema “americano”, com a dominância de “franchises” (Marvel e Disney no centro das culpas, e não é por menos) e a "relevância" cultural ao streaming, como também o divorcio entre público e o Cinema propriamente dita, assim como zombies denominados de “fandom”, pouco democráticos por sinal. Há tanto por onde seguir e refletir, em Portugal, o que “resta” na imprensa especializada encontram-se nos seus “dias contados”, por exemplo, através da cobertura do último Festival de Berlim, no geral fraca, desinteressada em descobertas, ora por culpa dos órgãos que pouco espaço dão a este tipo de matérias, ora por responder a “interesses externos”, poderá ser servido como prova da “tese”. 

Saí do meio “especializado”, porque senti essa pressão, esse desinteresse, e de forma a não perder-me na “vulgarização” ou despersonalização decretei a minha "evacuação". Nesta minha experiência, o que percebi é que ninguém quer saber de Cinema, apenas os regentes "tentáculos" do seu marketing, e desta forma a reprodução e reprodução dos mesmos conteúdos. Encontro isso nos outros “órgãos”, cada um refém desses mesmos fatores.  São dores que parecem não interessar ao comum dos mortais (pudera, existe outros problemas mais importantes, dirão a maioria) e por vezes “falo sozinho” como alternativa em não aguentar as infelizes declarações de que a crítica de cinema serve exclusivamente “para levar as pessoas ao cinema” (não, simplesmente não, é mais que isso). 

A.O. Scott resumiu em 40 minutos de conversa esses Pecados, tão provenientes da crítica americana que se tem alastrado pelo resto do Mundo, e durante esse tempo confortei-me, por momentos, numa companhia agridoce. Não estou sozinho, apesar de constantemente sentir que estou a falar para o “boneco”.

Para ouvir aqui

Segundo Take: "Irina Palm" entre António Araújo e Hugo Gomes

Hugo Gomes, 21.07.22

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Convidado (novamente) por António Araújo e o seu podcast Segundo Take para uma conversa sobre cinefilia, escrita de cinema, o quase desconhecido "Irina Palm" com Marianne Faithfull e os 15 anos do Cinematograficamente Falando.
 
Para ver ou para ouvir
 

O Acossado por Hugo Gomes e António Araújo em Segundo Take

Hugo Gomes, 12.04.21

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Para muitos é certamente uma heresia só o facto de se abordar remakes a filmes históricos ou progressistas como é o caso da primeira longa-metragem de Godard, mas a convite de António Araújo e do seu podcast de cinema Segundo Take decidi quebrar o “tabu”. Em jogo está o clássico e vanguardista À Bout de Souffle (1960) e a sua variação à americana Breathless (Jim McBride, 1983). Nesta dualidade existe todo um universo pleno de vigaristas criminalmente apaixonados, anárquicos no seu estilo de vida, mas um alterou a História do Cinema, ameaçando todo uma indústria vinda do outro lado do Oceano, enquanto o outro, a suposta cópia, demonstrou que através da liberdade é possível atribuir novo fôlego às velhas histórias.

Para ouvir ...