Carlos Saura (1932 - 2023), de "cuervos" a fados
Carlos Saura na rodagem de "Cria Cuervos" (1976)
Luis Buñuel e Carlos Saura
Caetano Veloso em "Fados" (Carlos Saura, 2007)
Geraldine Chaplin em "La Madriguera / Honey Comb" (1969)
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...
Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...
Carlos Saura na rodagem de "Cria Cuervos" (1976)
Luis Buñuel e Carlos Saura
Caetano Veloso em "Fados" (Carlos Saura, 2007)
Geraldine Chaplin em "La Madriguera / Honey Comb" (1969)
Mais para ler
Jean-Claude Carrière (1931 – 2021) foi um dos mais impressionantes argumentistas do nosso tempo, e não há adjetivos que chegue para representar a sua genialidade e, mais que isso, hiperatividade. Digamos que a sua carreira fala por si.
Birth (Jonathan Glazer, 2004)
L'ombre des femmes / In the Shadow of Women (Philippe Garrel, 2015)
Le Charme Discret de la Bourgeoisie / The Discreet Charm of the Bourgeoisie (Luis Buñuel, 1972)
Cyrano de Bergerac (Jean-Paul Rappeneau, 1990)
The Tin Drum (Volker Schlöndorff, 1979)
The Unbearable Lightness of Being (Philip Kaufman, 1988)
Possession (Andrzej Zulawski, 1981)
Passion (Jean-Luc Godard, 1982)
Antonieta (Carlos Saura, 1982)
Valmont (Milos Forman, 1989)
Milou en Mai / Milou in May (Louis Malle, 1990)
Mais para ler
Da mesma forma que um suposto “maluco” que diz ser “maluco”, verdadeiramente nunca o é, uma “pessoa de bem” que diz ser “de bem” nem próximo está. E quem mais apropriado para nos pregar isso mesmo que “Viridiana” de Luis Buñuel (1961), filme que remexe em territórios profundamente sagrados da Cristandade, o seu Poder entre os desfavorecidos e carenciados que nunca resultam na imunidade moral. Enquanto temos um filme-fenómeno na Netflix - “The White Tiger” (Ramin Bahrani, 2021) - que discursa que para subir nesta vida há que corromper os seus próprios ideais sem qualquer tipo de remorso ou consequências, o clássico aqui exposto nos oferece a possibilidade de olhar para o miserabilismo sem candura alguma. A podridão nasce, cresce e persiste, até mesmo nos seios dos “coitadinhos”. É a raça humana, diriam alguns, sem distinção quanto a classes.
Mais para ler
Neste novo “choque” com “L’Âge d’Or” (“A Idade de Ouro”) de Luis Buñuel apercebi - possivelmente influenciado pela sonoridade da banda Black Bombaim e eletrónica de Luís Fernandes num cine-concerto na Casa de Artes de Famalicão (âmbito do Close-Up: Observatório de Cinema) - que o coração deste devaneio surrealista, dirão alguns, é o Desejo.
Mas antes de condensar tudo numa palavra cada vez mais comum e alicerçada aos mais diferentes campos, saliento que este desejo é particular … é um desejo que nos faz salivar pela destruição das ‘coisas’ ao nosso redor que dão origem à nossa índole. O pretexto de um amor platónico, magnético e insaciável de dois amantes que antes disso chafurdavam na lama onde quatro entidades papais (possivelmente a equivalência somada dos quatro cavaleiros do Apocalipse) permaneciam no seu descanso eterno. Aí, perante a violência a seres animalescos, nasceria uma “civilização” sobre o signo apaziguador dessa natureza apelativa ao fim de tudo alguma vez criado - ao armagedão.
O reencontro dos “apaixonados” complementa-se com um inevitável senso de mutilação, suicídio e autodestruição quer do corpo carnal, quer do espírito. “A Idade de Ouro” resgata o desejo dos confins infernais o qual a Religião o aprisiona, para depois servir de olhar inquisidor a essas mesmas “morais” doutrinadas. Porém, o desejo, novamente ele, emancipado torna-se num vetor de pulsão e impulsão, a entropia em todo este universo sem o seu devido nexo. E a partir do Desejo que nasce essas novas … religiosidades e as sua respetivas pregações.
Mais para ler
Les Créatures (Agnès Varda, 1966)
Belle de Jour (Luis Buñuel, 1967)
La Chamade (Alain Cavalier, 1968)
Généalogies d'un Crime (Raoul Ruiz, 1997)
Mais para ler
Belle de Jour (Luis Buñuel, 1967)
Mais para ler
O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu (João Botelho, 2016)
Total Recall (Paul Verhoeven, 1990)
L'Apollonide (Souvenirs de la maison close) (Bertrand Bonello, 2011)
Calígula (Tinto Brass, 1979)
Byzantium (Neil Jordan, 2012)
Noite Escura (João Canijo, 2004)
Sucker Punch (Zack Snyder, 2011)
Belle de Jour (Luis Buñuel, 1967)
Vénus Noire (Abdellatif Kechiche, 2010)
Sleeping Beauty (Julia Leigh, 2011)
Il Casanova di Federico Fellini (Federico Fellini, 1976)
Street of Shame (Kenji Mizoguchi, 1956)
Pretty Baby (Louis Malle, 1978)
Mais para ler