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Cinematograficamente Falando ...

Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

Cinematograficamente Falando ...

Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

David Warner, o inglês sisudo (1941 - 2022)

Hugo Gomes, 27.07.22

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The Omen (Richard Donner, 1976)

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Titanic (James Cameron, 1997)

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Time Bandits (Terry Gilliam, 1981)

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Michael Kohlhaas - Der Rebell (Volker Schlöndorff, 1969)

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Time After Time (Nicholas Meyer, 1979)

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TRON (Steven Lisberger, 1982)

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Morgan: A Suitable Case for Treatment (Karel Weisz, 1966)

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The Fixer (John Frankenheimer, 1968)

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In the Mouth of Madness (John Carpenter, 1994)

Cada um com a sua infância, cada um com o seu Cinema

Hugo Gomes, 01.06.21

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Good Morning (Yasujiro Ozu, 1959)

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The Childhood of a Leader (Brady Corbet, 2015)

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Capernaum (Nadine Labaki, 2018)

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Wadjda (Haifaa Al-Mansour, 2012)

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Home Alone (Chris Columbus, 1990)

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The White Ribbon (Michael Haneke, 2009)

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Let the Right One in (Thomas Alfredson, 2008)

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Little Fugitive (Ray Ashley & Morris Engel, 1953)

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The Florida Project (Sean Baker, 2017)

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The Sixth Sense (M. Night Shyamalan, 1999)

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The 400 Blows / Les Quatre Cents Coups (François Truffaut, 1959)

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The Kid (Charlie Chaplin, 1921)

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The Last Emperor (Bernardo Bertolucci, 1987)

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Zero to Conduite / Zéro de conduite: Jeunes diables au collège (Jean Vigo, 1933)

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Bicycle Thieves / Ladri di Biciclette (Vittorio di Sica, 1948)

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Village of the Damned (John Carpenter, 1995)

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My Life as a Zucchini / Ma vie de Courgette (Claude Barras, 2016)

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The Boy with Green Hair (Joseph Losey, 1948)

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Aniki Bóbó (Manoel de Oliveira, 1942)

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The Shining (Stanley Kubrick, 1980)

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Cinema Paradiso / Nuovo Cinema Paradiso (Giuseppe Tornatore, 1988)

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Come and See (Elem Klimov, 1985)

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Pather Panchali (Satyajit Ray, 1955)

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E.T. the Extra-Terrestrial (Steven Spielberg, 1982)

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André Valente (Catarina Ruivo, 2004)

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Ivan's Childhood (Andrei Tarkovsky, 1962)

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Nana (Valérie Massadian, 2011)

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Pixote, a Lei do Mais Fraco (Hector Babenco, 1981)

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Poltergeist (Tobe Hooper, 1982)

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800 Balas (Álex de la Iglésia, 2002)

A adopção de Hal Holbrook: a resiliente despedida a um secundário de luxo

Hugo Gomes, 02.02.21

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Não foi certamente a última vez que o vi, mas não deixaria de mencionar a sua, talvez, última grande presença. O momento em que Hal Holbrok resiste à despedida do jovem Emile Hirsch, na pele de Ron Franz em “Into the Wild” (Sean Penn, 2007), o – “Let me adopt you” – é de uma calorosa subtileza e sensibilidade que só um ator com tal longevidade, experiência e também vivência poderia retribuir. Hoje em dia, “Into the Wild” é quase um sacrilégio ser relembrado por muita cinefilia (muito por culpa de “The Last Face”), mas é um filme de pequenas ‘coisas’, e Hal Holbrok, não sendo necessariamente ‘pequeno’, faz parte dessa espontânea magia.

Fora do território selvagem, o ator, que nos deixou aos 95 anos, nunca fora um protagonista emancipado (assumindo como tal em projetos pouco memoráveis), ao invés disso, um secundário de luxo, um valioso suporte do enredo em causa. Quem não esquece o seu obscuro conselho de “Follow the money” em “All The President’s Men” (Alan J. Pakula, 1976), que curiosamente partilha convivência com o seu sermão elitista em “Wall Street” (Oliver Stone, 1987) - “The main thing about money, is that it makes you do things you don't want to do” - ou da sua indignação enquanto padre Malone ao confrontar o criminoso segredo em “The Fog” (John Carpenter, 1980) - “The celebration tonight is a travesty. We're honoring murderers”.

 

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Wall Street (Oliver Stone, 1987)

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All The President's Men (Alan J. Pakula, 1976)

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The Fog (John Carpenter, 1980)

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Magnum Force (Ted Post, 1973)

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Lincoln (Steven Spielberg, 2012)

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The Unholy (Camilo Vila, 1988)

 

 

O Halloween envelhecido

Hugo Gomes, 26.10.18

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Por mais que se escreva sobre Halloween, o original de Carpenter obviamente, há que afirmar que é um filme do seu tempo, e … agora vem a parte da controvérsia … deve estar lá contextualizado. Em relação a esta “prolongação” da "facaria", os primeiros minutos são cruciais para entendermos o quanto “datado” é este Halloween. É que após anos e anos de investigação médica conclui-se que “Michael Myers é puro mal”, ou seja estamos aqui escancarados num autêntico atentado à inteligência do espectador, muito mais tendo em conta que vivemos num mundo-Trump, onde o maniqueísmo primário é servido como reação à lá Pavlov. Obviamente que jogamos por entre uma comédia involuntária, bafienta para com os já conhecidos códigos do slasher movie onde só o final parece redimir, mas encontra-se longe de salvar um filme sentenciado à pena de morte. Depois disto, o tão infamado remake de Rob Zombie possui mais dimensão psicológica. Quanto a Carpenter, o facto de aprovar isto, nota-se obviamente que tem contas para pagar.