Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Cinematograficamente Falando ...

Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

Cinematograficamente Falando ...

Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

Arquiteturas do olhar

Hugo Gomes, 27.11.21

252713278_5228758863806872_4841619484860763656_n.j

The French Dispatch (Wes Anderson, 2021)

casa na praça trubnaia.jpg

The House on Trubnaya Square / Dom na Trubnoy (Boris Barnet, 1928)

manhattan.jpg

Manhattan (Woody Allen, 1979)

mon-oncle-house.jpg

My Uncle / Mon Oncle (Jacques Tati, 1958)

rear window.jpg

Rear Window (Alfred Hitchcock, 1954)

Strike.jpg

Strike / Stachka (Sergei M. Eisenstein, 1925)

WR.jpg

WR: Mysteries of the Organism (Dusan Makavejev, 1971)

Na nossa "Vida Moderna", o Cinema é mais que necessário ... é urgente!

Hugo Gomes, 03.01.21

playtimestill01.jpg

Começar 2021 a rever Jacques Tati e o seu Playtime (1967), sátira citadina recheada de fait-divers, hoje uma produção impossível de replicar em toda a sua escala, é um dos exemplos que necessitava para priorizar, ainda mais, a experiência de cinema em sala. Já que enfrentamos um ano decisivo na preservação e subsistência desses mesmos espaços, esta nova passagem promete colocar a pratos limpos sobre o estado da projeção e a vitalidade dos cinemas. Nada melhor para relembrar, pelo menos, a minha necessidade da sala que espreitar um dos mais detalhados filmes da nossa modernidade, com o realizador, ator e “clown” Tati a conceber o mais rico não-lugar da História do Cinema - Tativille.
 
Playtime: Tempos Modernos é um exercícios de gags, de capacidades cénicas e figuristas e todo um olhar clínico ao nosso capitalismo fervoroso que bem abraçamos, e o progresso em marcha constante sem uma pausa que seja, porém, tudo isso é somente teoria para a profundidade com que esta obra nos guia. Num espaço de um ano, visitei Tativille pelo menos duas vezes, infelizmente num pequeno ecrã, nunca conseguindo totalmente absorver todos os seus pormenores. É um universo imenso que perde força na limitação da “tela”, cada vez mais pequenos, e como peixe fora de água, suplica pelo seu habitat natural – a Sala de Cinema!