Anne Heche (1969–2022): uma "sweetheart" à americana
Psycho (Gus Van Sant, 1998)
Birth (Jonathan Glazer, 2004)
Arthur Newman (Dante Ariola, 2012)
Wag the Dog (Barry Levinson, 1997)
Donnie Brasco (Mike Newell, 1997)
Opening Night (Isaac Rentz, 2016)
Six Days Seven Nights (Ivan Reitman, 1998)
Catfight (Onur Tukel, 2016)
The Juror (Brian Gibson, 1996)
Sinto-me envergonhado! Após a notícia - “Anne Heche morreu”, ou "legalmente morta” segundo o relatório médico californiano - a minha memória remeteu ao seu desempenho mimesis a Janet Leigh na versão … ou melhor, cópia … de Gus Van Sant de “Psycho” de Alfred Hitchcock. Até hoje, recuso a aceitar que este seja a hipotética homenagem que o “mestre de suspense” quereria ver encenada, um exemplar copiado em papel químico. Perante este atalho memorialista, consultei a filmografia de Anne Heche a fim de lhe fazer justiça, apercebendo o meu erro em limitá-la àquele “remake”. A um passo de se tornar “namorada da América” em pleno anos 90, Heche cumpriu o requisito de secundária de luxo até contracenar com Harrison Ford no êxito “Six Days Seven Nights” de Ivan Reitman. Nos anos seguintes perdeu-se sobretudo na sombra dos subprodutos e "direct-to-video", tendo como destacável o seu desempenho em “Birth” de Jonathan Glazer, porém, minimizada pelo fascínio do filme pelo rosto de Nicole Kidman. Integrou ainda o esquecido e muito subvalorizado “Arthur Newman” e encontrou um certo culto em “Catfight”. Portanto, deixo esta homenagem possível a esta “sweetheart” do cinema americano.