Dura de casar ...

Rebel Wilson é uma agente de uma qualquer organização (não interessa qual), com problemas de confiança e a “bordo” de um casamento de ricalhaços prestes a ser sequestrado por uma célula terrorista chefiada por Stephen Dorff (naquele que será, provavelmente, um dos pontos mais baixos da sua carreira desde “Alone in the Dark”, de Uwe Boll). A missão? Salvar a noiva e convidados com tudo o que tiver à mão.
Já se percebeu que através desta premissa, contada de forma atabalhoada, e sem grande rigor com o enredo, a empatia deste escriba para com a produção entre mãos é praticamente nula. Mas aí é que está, o enredo, esse, adivinha-se facilmente, não pelo título português (“Noiva em Apuros”), mas pelo original que entra em cena nos créditos inaugurais, “Bride Hard”, deixando às claras a referência. É só juntar dois mais dois e a conta dá quatro. Primeiro: não há prodigalidade, não há credibilidade e não há graça. Pudera, o assinante disto, Simon West, nunca teve queda para o humor, apenas se encaixou num registo de acção “cheesy” ao gosto americano (sim, o mesmo realizador do clássico de videoclube “Con Air”). Depois, embrulhado assim, não sobra um traço de astúcia nem uma subcamada que seja neste insípido bolo de bolacha.
Sabendo que o filme até poderia enveredar pela grandiosidade dos casamentos enquanto ritual social, ou explorar a diferença de classes… não interessa para o caso. Não estamos cá para isso. Aliás, nem sabemos bem para o que estamos cá realmente. Ah … talvez o running gag a piscar o olho a “Force Majeure”, de Ruben Östlund, que até poderia render algo? Melhor até, quem sabe, mas fica a pairar, como tudo neste filme. Incluindo Rebel Wilson. Pairam apenas. O resto que se lixe!
PS: Inexplicavelmente, Da’Vine Joy Randolph, que depois do Óscar em “The Holdovers” de Alexander Payne, decidiu entrar nisto!
