Carlos Saura (1932 - 2023), de "cuervos" a fados
Carlos Saura na rodagem de "Cria Cuervos" (1976)
Luis Buñuel e Carlos Saura
Caetano Veloso em "Fados" (Carlos Saura, 2007)
Geraldine Chaplin em "La Madriguera / Honey Comb" (1969)
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Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...
Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...
Carlos Saura na rodagem de "Cria Cuervos" (1976)
Luis Buñuel e Carlos Saura
Caetano Veloso em "Fados" (Carlos Saura, 2007)
Geraldine Chaplin em "La Madriguera / Honey Comb" (1969)
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Pedro Almodovar dirigido Antonia San Juan, a personagem Agrado em "Todo sobre mi Madre" / "All about my Mother" (1999)
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“As grandes montanhas são vistas à distância, as pequenas é preciso aproximar” Antonio López
Para quem estiver a ler este texto, perderá e muito a pertinência transmitida por Irene M. Borrego neste seu concebido filme, até porque, para tal experiência é importante desconhecer qualquer indício de existência de Isabel Santaló. Primeiro, como mote ao tema latente - o esquecimento que paira nesta artista - e segundo, a inquietude e a indefinição da existência da mesma.
A realizadora confronta diversas vezes Santaló, da sua memória e da sua auto-percepção enquanto artista, fala-se em subvalorização ou até negligência por parte do núcleo artístico madrileno (acrescenta-se sexismo), de outra maneira entendemos a uma síndrome “Norman Desmond” no preciso momento em que a anciã debate com a realizadora (do qual somos informados tratar-se da sua sobrinha) sobre a sua própria relevância. Aí o filme joga no campo da ilusão e da incerteza, o espectador é embarcado nessa dúvida que metamorfoseia em algo à parte do mero biopic ou obra-tributo. Longe do resgate que poderia suscitar neste gesto, este “La Visita y un Jardín secreto” é uma confrontação com "fantasmas interiores”.
Para Borrego, as comparações com a sua tia, ouvidas vezes sem conta nos seus “verdes anos”, a perseguem, assombram-na como sinal de imprecação lançada pelo oculto conservadorismo às mulheres que desejam a emancipação. A realizadora guarda para si essa ambição e igualmente essa resistência em deserdar qualquer maldição ou espectros agarrados. O resultado, possivelmente, é esta “desavença” com a pessoa que a mais lhe assemelha, a sua tia “maldita”, a “artista da família”, a única, Isabel Santaló. Obviamente que o “inimigo” é fabricado, Isabel não é a antagonista na história de Irene, mas antes a sua dura inspiração. O destino hoje deparado, em que a idade é uma vilã tendo como aliada a solidão, invoca o maior temor de Irene.
Dito desta forma, “A Visita e um Jardim Secreto” é uma farsa de filme, encosta-se como um “filme de artista”, mas é mais que isso, um filme sobre buscas internas em divãs proporcionalmente cinematográficos. Irene M, Borrego inconscientemente concretizou um filme sobre ela própria (se bem que os artistas falam deles próprios através do seu ofício). Isabel, o seu esquecimento (curiosamente, contamos com um voz-off de António López, o pintor de “El sol del membrillo” ["O Sol do Marmeleiro"] de Victor Erice, o único artista que declaradamente se lembra dela), a sua força enquanto mulher e artista, os seus quartos “secretos”, revelam-se como parte dessa tela.
“Serás como a tua tia Isabel”
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Depois da tempestade vem a bonança, pelo menos seguindo os ditados populares poderemos considerar que 2021 foi o ano revitalizador do cinema. Contudo, os ecos da pandemia e as ameaças de novas variantes têm indicado um regresso tímido às salas, em oposição de um cinema-fénix que surge das cinzas da modernidade que conhecíamos e que muita tristeza nossa apelidamos de “normalidade”. São filmes que nasceram dessa decadência civilizacional e que debruçam na nossa "barbárie" como foi o caso de Radu Jude e o seu “Bad Luck in Banging or Loony Porn”, ou que remetem-se a paraíso longínquos da nossa memória [“O Movimento das Coisas”], ou questionam a nossa identidade nos confinamentos da existência [“Titane”]. No fim de contas, o Cinema sobreviveu, o que nos basta é procurá-lo nos meios das proclamadas ruínas! Segue a lista dos 10 filmes imperdíveis do ano de 2021, que (privilegiadamente) tiveram estreia portuguesa.
#10) Compartment Number 6
"Nunca me canso de citar Fernando Lopes na sua breve aparição de "The Lovebirds" de Bruno De Almeida - “Existe uma beleza triste na derrota” - e tendo esse signo em vista, é de facto inegável a beleza nas ferrovias de “Compartment Nº6”. Resistindo à melancolia como uma falhada festa!" ler crítica
#09) Les choses qu'on dit, les choses qu'on fait
"“As Coisas que Dizemos, As Coisas que Fazemos” percorre por vias de palavras essas dúvidas supostamente existenciais das personagens, que se vão cruzando e entrelaçando umas com as outras através de relato e discursos. Está feito aqui um universo a merecer ser explorado, de felizes e tristes acasos, e de conflitos discretos, de ênfases dramáticas subtilmente embutidas nos gestos, nas carícias ou nos beijos trocados antevendo despedidas. Sensibilidade é o que é aqui pedido, porque casos amorosos todos nós vivemos, nem que seja por um dia. Dentro dos tais ditos “filhos de Rohmer”, eis um filme que é, de facto, um pedaço de céu." Ler crítica
#08) Bad Luck Banging or Loony Porn
Em “Bad Luck Banging or Loony Porn”, a questão não se resume a “mau porno”, ao invés disso, como a atualidade transformou-se em “pornografia rasca”. A mais recente longa-metragem de Radu Jude (cineasta que tem dado cartas na pós-vaga romena e realçando um cinema muito crítico à história do seu país) venceu o último Festival de Berlim (mesmo que virtual) com distinção, provando além de mais estar ao desencontro do dito radicalismo que muitos querem vender perante o seu formalismo algo tosco, é um cinema que fala na contemporaneidade por vias de uma ridicularização cruel. Ler crítica
#07) The Human Voice
A atriz britânica é das forças maiores deste projeto, que requer mais do que a sua capacidade de assimilar, a sua expressão em nos convencer de uma veracidade poética tida nas suas palavras, nas suas angústias, na sua linguagem corporal, enquanto emana um monólogo justificado. Esta é a história de uma mulher em jornadas existencialistas cuja ausência do seu "mais que tudo", o impulsor de toda a postura trágica, a leva a tomar medidas. Ler crítica
#06) Nomadland
Inspirado no livro “Nomadland: Surviving America in the 21st Century”, de Jessica Bruder, Chloé Zhao marca a sua posição, quer na definição de realismo, separando qualquer simulacro "hollywoodesco" e submetendo McDormand, bem como outros atores, a um convívio de constante aprendizagem com não-atores, as tais pessoas de carne-e-osso que tanto procuramos nos filmes. Trata-se de um processo de criação que funde ficção em território documental e o híbrido daí gerado percorre os trilhos de um "império" deixado ao abandono. Império que aqui não é citado por acaso: remete para a ironia do destino, em que a cidade Empire onde vivia a protagonista, outrora industrializada e habitada, se tornou um endereço postal inexistente. Ler crítica
#05) Titane
Portanto, “Titane” opera consoante a interpretação e representação que lhe quisermos dar e visualizar, nunca prescrevendo em absolutismos ou propagandas. É terror, choque, sangue e bizarrias. E, ao mesmo tempo, política, identidade e sociedades espremidas numa só arte. Uma complexa panóplia disfarçada num gesto de repugnar o espectador, com uma atriz titânica como Agathe Rousselle a servir-nos de compaixão e incómodo e um dos mais excêntricos desempenhos de aclamado ator Vincent Lindon. Ambos em figuras presas às suas maldições, que ambicionam pelo aço o que os seus corpos invejam. Ler crítica
#04) O Movimento das Coisas
São poucos os que ainda preservam essa veia cinematográfica na ruralidade, ao invés de ceder ao facilitismo formal, diversas vezes elogiado por elites de pensamento crítico cinematográfico. E é por isto, e não só, que “O Movimento das Coisas” é um filme crucial na nossa História, um modelo ora acidentado, ora poetizado sem bucolismos latentes. Ler crítica
#03) Undine
Undine torna-se Berlim, e Berlim torna-se Undine, uma cidade, um corpo, que não morre, simplesmente dá a vez a outro. Christian Petzold pode não ter aqui a essência bruta e já flexível da sua cooperação com Nina Hoss (saudades), mas sabemos que temos, não um desfecho, e sim, uma aurora. Um reinício do seu Cinema. Não querendo banalizar um termo, por si só, tão banalizado, eis um belo filme. Ler crítica
#02) Another Round
Pelo que sabemos, a tragédia bateu à porta de Vinterberg a pouco tempo do início da rodagem, automaticamente virando uma possível comédia de “velhotes” que ousam sonhar com uma juventude embebida em martinis, numa superação ao seu luto, uma história pessoal e experiencial (não confundir com experimental) sobre o retomo da vida, à “normalidade” que foi configurando perante as mudanças. Nesta lufa-lufa de confinamentos e desconfinamentos, chegar a nós um filme assim, tão antiquado e igualmente vívido é um quasi-antidoto da melancolia contraída pelo nosso quotidiano. Aliás, Cinema é também isto – sentimento – até porque é Vida. Então brindemos à Vida … mais um shot!Ler crítica
#01) Gunda
Kosakovskiy conseguiu mais uma experiência a merecer, de forma digna e obrigatória, o grande ecrã, porque no fundo o cinema transporta quem o vê para uma outra dimensão, realidade ou linguagem. “Gunda” fala-nos com exatidão de um mundo tão perto de nós, mas tão ignorado pelo nosso antropocentrismo. São animais a serem simplesmente animais e as imagens de crua beleza assumem exatamente aquilo que são e nada mais. Não existe engodo, tudo respeita a natureza e a sua autenticidade. Obrigatório. Ler crítica
Outras menções: Begining, The Father, Cry Macho, Colectiv, Prazer Camaradas
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Kika (Pedro Almodovar, 1993)
Verónica Forqué (1955-2021)
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Em tempos, Pedro Almodóvar era etiquetado como o “realizador das mulheres”, hoje em dia, tendo em atenção a representatividade, muitas delas levando as temáticas e abordagens a grupos restringidos, tal cognome tornou-se automaticamente impróprio ou politicamente insensivel.
Contudo, não podemos fugir da capacidade, ou fascínio, do cineasta em integrar na sua filmografia um leque, vasto e curioso, de personagens femininas, várias delas inspiradas na sua própria mãe, figura cuja importância o próprio tem vincado até hoje. “Madres Paralelas”, o seu novo filme após o “muy” intimista “Dolor y Gloria”, é uma leve reviravolta ao papel maternal, mantendo os seus traços inspiradores mas lhe devolvendo a irreverência solicitada pelos novos tempos.
Aqui, Penelope Cruz é uma mãe solteira (assim opta), profissionalmente respeitosa e bem sucedida, que acolhe uma jovem mãe (Milena Smit), ensinando-a as mais variadas tarefas domésticas, com destaque a cozinha. Em que cada lição é uma intervenção gastronómica, passo-a-passo na confecção como no amor, delicadeza dos gestos e a manifestação de experiências, e numa dessas preparações, Cruz enverga, bem saliente, uma camisola com o slogan - “Devemos ser todas feministas” - estampadas. Não é mero adereço, nem tendência do momento, é um statement de Almodóvar, a actualização do seu velho e recorrente papel, a mãe inserida num estado contemporâneo e no significado feminista do termo. Será que a definição absoluta advém de “ativismo” ou a mera vivência com fidelidade às suas liberdades e convenções?
Embora Almodóvar seja um homem que coexiste num mundo onde a igualdade adquire um peso na ficção e na criação, “Madres Paralelas” é um filme feminista (da mesma forma que muitos da sua carreira foram), porque simplesmente são as mulheres que ganham aqui um protagonismo imenso (os homens são, neste caso, meros “doadores”), não apenas na narrativa ou na carga dramática, mas nas comunidades e convivências alicerçadas em cada uma das suas ficções, com toda e merecida sensibilidade.
Mesmo que obra menor, aliás, uma novela que não esconde o seu lado de farsa e de plasticidade técnica (os constantes fade outs que adquirem cumplicidade com o artificialismo sensual e por vezes onírico), servida de isco para um panfleto (quase pedagógico) de punho cerrado a favor das memórias importunas e incômodas. O franquismo, pó varrido para tapetes politizados, é aqui denunciado em contornos de subenredo, uma inconveniência solicitada para desmascarar novelas mal emaranhadas.
Nos últimos anos, o cinema espanhol tem conseguido encontrar formas para referir o tema tabu, e “Madres Paralelas” lida isso com uma agressividade revanchista e de bramir armas convictas. É, à sua maneira, um filme para novas gerações, determinadas em não esquecer e mais que isso, perpetuar uma dignificação dos sofridos de um regime e dos “sem nome” ocultados pelo mesmo. Nesse sentido, Pedro Almodóvar fez o seu papel.
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Será que fazer Cinema é preciso cumprir uma devida e específica duração? Existe alguma regra raiz-quadrada que transforma automaticamente cada metragem em Cinema propriamente dito? Pedro Almodóvar prova que não. A barreira quase estigmatizada da curta para a longa é somente uma formalidade, porque o registo de menor tempo é preciso para a sua mensagem, ou diríamos antes, o seu Cinema.
"A Voz Humana" ("The Human Voice"), livremente baseado numa peça do poeta e cineasta Jean Cocteau (publicado em 1924), é uma invocação dum fantasma recorrente que assola o realizador espanhol. A homónima obra sempre fora uma inspiração, evidentemente cerne do seu intemporalmente elogiado "Mujeres al borde de un ataque de nervios" (mas antes "La Ley del Deseo" bebia desses mesmos sucos motivadores), sobre a espera incessante e destrutiva pelo seu amante. Aqui, trocando Carmen Maura por Tilda Swinton, a plasticidade mantém-se e ainda complexa num registo meta que cruza o "teatro filmado" com o cinema a olhar para a sua própria concepção.
Swinton é das forças maiores do projeto que requer mais do que a sua capacidade de assimilar, a sua expressão em nos convencer de uma veracidade poética tida nas suas palavras, nas suas angústias, na sua linguagem corporal enquanto emana um monólogo justificado. A história de uma mulher em jornadas existencialistas, a quem cuja ausência do seu "mais que tudo", o impulsor de toda a compostura trágica, a leva a tomar as suas medidas. É um divã, uma confissão, dirão os mais moralistas, um acontecimento que prevê a verdadeira emancipação. Somente isto, uma atriz, um cenário multiplicado por "faz-de-contas", a ida de uma mulher ao seu mundo, a projetada realidade, para no fim, evadir essa mesma clausura criada.
Almodôvar prova mais uma vez que é um artesão na sua arte. E que arte é essa? A de dar voz a mulheres oprimidas pelas suas próprias emoções, sejam reprimidas ou libertadoras. E para isso não é necessário uma narrativa estendida. Meia-hora, simplesmente isso, é o que nos basta para oferecerem espectacularidade.
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Good Morning (Yasujiro Ozu, 1959)
The Childhood of a Leader (Brady Corbet, 2015)
Capernaum (Nadine Labaki, 2018)
Wadjda (Haifaa Al-Mansour, 2012)
Home Alone (Chris Columbus, 1990)
The White Ribbon (Michael Haneke, 2009)
Let the Right One in (Thomas Alfredson, 2008)
Little Fugitive (Ray Ashley & Morris Engel, 1953)
The Florida Project (Sean Baker, 2017)
The Sixth Sense (M. Night Shyamalan, 1999)
The 400 Blows / Les Quatre Cents Coups (François Truffaut, 1959)
The Kid (Charles Chaplin, 1921)
The Last Emperor (Bernardo Bertolucci, 1987)
Zero to Conduite / Zéro de conduite: Jeunes diables au collège (Jean Vigo, 1933)
Bicycle Thieves / Ladri di Biciclette (Vittorio di Sica, 1948)
Village of the Damned (John Carpenter, 1995)
My Life as a Zucchini / Ma vie de Courgette (Claude Barras, 2016)
The Boy with Green Hair (Joseph Losey, 1948)
Aniki Bóbó (Manoel de Oliveira, 1942)
The Shining (Stanley Kubrick, 1980)
Cinema Paradiso / Nuovo Cinema Paradiso (Giuseppe Tornatore, 1988)
Come and See (Elem Klimov, 1985)
Pather Panchali (Satyajit Ray, 1955)
E.T. the Extra-Terrestrial (Steven Spielberg, 1982)
André Valente (Catarina Ruivo, 2004)
Ivan's Childhood (Andrei Tarkovsky, 1962)
Nana (Valérie Massadian, 2011)
Pixote, a Lei do Mais Fraco (Hector Babenco, 1981)
Poltergeist (Tobe Hooper, 1982)
800 Balas (Álex de la Iglésia, 2002)
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Eles tem um plano, o filme também o tem, que se resume seguir à risca todos os “rodriguinhos” do seu género, sem sair da sua trajetória, porque é dentro desta mesma que se encontra … o tal golpe.
“The Vault”, produção espanhola a fazer-se de cinema globalizado e hollywoodesco, no espírito dos êxitos em forma de seriado (“La Casa de Papel”), é um heist movie (filme de golpe) como manda a lei da sapatilha, onde um grupo de “iluminados” estão a postos para “assaltar” o “cofre mais seguro do Mundo” (frase-cliché que ouvimos vezes sem conta neste mesmo território). Pois é, para seguirmos as pisadas sem arrojo estão cinco argumentistas … repito, cinco argumentistas! Um quinteto reunido para entregar um cadernos de encargos a Jaume Balagueró, realizador que atribuiu um temporário fôlego ao tão limitado estilo do found footage (“[REC]”, 2007), e que aqui serpenteia por uma direção mecanizada a suspirar por grande espetáculo. Ou seja, tudo “cheira” a trabalho eficiente e de auto-congratulação, automatizado e fiel às suas próprias etapas.
Não há muito mais para dizer. Testemunhamos um amontoado de técnicos, das mais variadas áreas, em esforço para gerar um lugar-comum dentro dos lugares-comuns. Enquanto isso, um elenco algo reciclado e aparentemente desinteressado em “rechear” as suas personagens (pelos vistos cinco argumentistas deram meros bonecos … o que é que se há de fazer?) ficam encarregues de assumir responsabilidades pela variação. Em óbvio “destaque” está o equívoco de “cabeça-de-cartaz”, Freddie Highmore, aquele reconhecido ator-criança (“Charlie and the Chocolate Factory”, “Finding Neverland”) que porventura cresceu e se celebrizou na televisão com alguns êxitos (“The Good Doctor”), vivendo atualmente na ânsia de regressar ao grande ecrã. Infelizmente, não encontrará tal palco em “The Vault”, e pelos vistos se apercebeu a tempo, demonstrando (mais em comparação aos outros) um maior desapego pelo material.
No final, ainda há espaço para sequela … talvez diga isto de um jeito trocista (mas é o “estado das coisas”), que possivelmente para a próxima vez sejam precisos o dobro dos argumentistas. Não sabemos ao certo, porque o evidente é isto diluir com tantos outros do seu subgénero. Nunca tantos fizeram tão pouco!
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