Para que (ainda) serve a crítica de cinema? Ouve-se a pergunta ...
Eu acho que, de modo geral, eles prestam um desserviço na relação da crítica com o público. Primeiro por criar uma falsa ideia de que é possível reduzir a crítica de um filme a uma percentagem. Os filmes são muito mais complexos do que isso. É uma simplificação grosseira acreditar numa percentagem. Além disto, essa legitimação viria de um “corpo crítico” que teria autoridade para falar – mas esta não é representativa do todo da crítica e, sim, de uma parcela muito pequena. Nesta linha, há uma despersonalização, são poucos os veículos que expressam certas opiniões. Para a maioria o consumo imediato da percentagem já é o suficiente. É muito problemático um agregador ter tanta proeminência. É muito difícil, senão impossível, dialogar como uma percentagem despersonalizada."
Sobre o Rotten Tomatoes, um dos 'cancros' da crítica atual, porém, não é de meta scores e outras tralhas que Roni Nunes em conversa com Marcello Muller aborda. Também outras nuances e o perigo da homogeneização da crítica, e de como temos que ir mais além do "épico", "divertido" e "magnífico". Ou seja, precisamos da crítica de ideias e não a da provação.
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