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Cinematograficamente Falando ...

Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

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No coração dos "dois" Garrel(s)

Hugo Gomes, 19.04.18

30725450_10211403517460516_8800949985974681600_n.jQuem lida comigo conhece perfeitamente os meus sentimentos em relação à obra de Philippe Garrel, nomeadamente à ultima fase (ainda a decorrer). Contudo, ao rever o "Le Coeur Fantôme" ("O Coração Fantasma") deparei ainda mais com o porquê dessa “repudia” aos seus últimos trabalhos.

Em "Le Coeur Fantôme", Garrel filma expressões, as personagens tem, por fim, uma face a preencher a tela, e nela, sem o uso de qualquer palavra, comunicam emocionalmente com o espectador (o olhar de Luís Rego diz tudo e mais alguma coisa). Uma “mania” perdida com um Garrel que começou a filmar as relações de longe, ingenuamente de longe.

Mas o que mais me fascinou neste revisitar fantasmagórico foi o peito cheio de masculinidade, sem receio às “balas” apontadas. Sim, "Le Coeur Fantôme" é um filme masculino, e ao mesmo tempo um filme sensível sem tentar produzir faíscas de empatia com o género oposto. Fala-nos de amor e ao mesmo tempo interroga esses mesmos afectos. Porquê amamos? Será que amar tem prazo de validade? Ou, teremos a necessidade de amar?

Questões … e questões … questiono … intrigado, porém, questiono .