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Cinematograficamente Falando ...

Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

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Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

Guerra e Cosmos, LDA

Hugo Gomes, 13.11.15

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Existe algo muito estranho em “Cosmos” (Andrzej Zulawski, 2015) que nos inquieta numa primeira “entrada”. Esta adaptação do homónimo livro de Witold Gombrowicz, e sob a alçada de Paulo Branco, nos apresenta uma bizarria que nos afasta simultaneamente nos aproxima. Uma atração pelo vazio e uma renúncia pelo seu burlesco, uma objeto em órbita que esconde no seu interior um cosmos propriamente dito e propriamente dilacerado do título. Perante essa cosmologia quase indecifrável e do outro lado uma tendência anárquica ao nosso conformismo (aqui subjugada às intenções do protagonista, interpretado por Jonathan Genet). Enfim, conforme seja a relação para com o espectador, é um facto que Victoria Guerra é hipnotizante! A atriz portuguesa revela força para romper as suas próprias barreiras. Vemos nela o cariz de conquistar o palco internacional.