Confissões de uma mente espacial em desejo de prémios
Hugo Gomes, 09.12.20
Não há estrelas no céu que iluminam o caminho de George Clooney nesta sua nova incursão na realização. Um vazio de ideias o qual forçadamente tenta comparar-se com “Gravity” de Cuarón ou “The Revenant” de Iñarritu (palavras do próprio), esquecendo-se que por vezes os propósitos estéticos ou exercícios de género motivam filmes e não apenas gestos de pura mimetização. “The Midnight Sky” é um pastelão lamechas que faz usos dos mais vários requintes tecnológicos de uma Hollywood / Netflix a pensar em prémios com a maior das confianças. Mais um para se perder na vastidão do espaço.