Cinema - Lazarus
O Estranho Caso de Angélica (Manoel de Oliveira, 2008)
O cinema existe então para responder a um desejo: ver a vida passar à nossa frente, entendê-la melhor, e vivermos redobradamente. Não seriam as palavras de Oliveira as de uma optimista sobre uma arte cuja morte foi decretada várias vezes? Se o cinema dá vida a tudo o que morreu, como Angélica , a discussão sobre aquilo que traz às nossas vidas nunca encontrou um fim. Todos gostaríamos de poder viver para sempre - nem que seja por uma hora ou duas para sentirmos uma amostra da eternidade. Será essa a razão para continuarmos a ver filmes?
Francisco Valente em “Espelho Mágico: uma história do cinema” (editora Orfeu Negro)