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Cinematograficamente Falando ...

Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

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Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...

50 Anos de "The Godfather": onde o Cinema começou para alguns ...

Hugo Gomes, 24.03.22

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Cinquenta “aninhos”! Olhem só o quão crescido ele está! Para mim torna-se inevitável não associar “The Godfather” (“O Padrinho” em clássico português) como o grande instigador das minhas frentes cinéfilas.

Desde sempre que coloco esta obra cimeira de Francis Ford Coppola num ambiente de familiaridade, não insinuando com isto às tramas e subtramas que orbitam naquela família ligada ao crime organizado - a máfia com todos os rodriguinhos eternizados que isso acarreta -  mas por ter sido aquele momento, com somente 14 anos e com apenas 5 minutos de filme (os créditos de Nino Rota a dar lugar à face de Salvatore Corsitto, que suplica por vingança em nome da sua filha a Marlon Brando, sob a veste do “gigante” Don Corleone), que consciencializei-me, pela primeira vez, sobre as possibilidades que a Sétima Arte teria para me oferecer (fora dos êxitos momentâneos que os meus colegas de escola referiam com êxtase ou das memórias evocadas por aquelas sessões de VHS juntamente com o meu pai). Sim, foi com “The Godfather”, o filme pelo qual despertei para o Cinema (com “C” grande para dar enfoque a uma galáxia ainda por explorar) propriamente dito. Ainda hoje, escrever sobre ele soa-me tarefa hercúlea e em certa parte ingrata, não para a obra em si, mas para o escriba e consequentemente para o leitor.

Praticamente tudo se conhece sobre “O Padrinho”, muita tinta correu sobre o seu legado (livros, ensaios), muitos olhares foram partilhados (documentários, comentários) e até mesmo a história dos seus bastidores está em vias de estrear sob a forma de romantizada ficção (num pequeno ecrã). Não é original nem motivador escrever ou sequer falar sobre o oscarizado trabalho de Coppola, mas com o seu quinquagésimo aniversário a ser celebrado (24 de março de 1972, o filme estreava nos cinemas norte-americanos), não posso deixar passar em “branco” esta oportunidade para agradecer àquela “oferta irrecusável” que foi o acesso direto à minha particular “escola de cinema” durante os meus “verdes anos”. 

O Estado da Luta

Hugo Gomes, 18.02.18

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O Estado das Coisas (1982)

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Hammet (1982)

A denúncia é uma carta fechada no envelope que mais se enquadra, e Wim Wenders apenas a preparou da maneira que lhe mais condiz. O Estado das Coisas resultou nessa expressão, essa manifestação a três dimensões. A três, porque o filme refere uma ficção dentro doutra ficção que por sua vez sustentam um retrato de meta-cinema. As experiências vividas pelo realizador naquele que foi o seu primeiro projeto em terras americanas, Hammett, um retrato biográfico de Dashiell Hammett, cujo trauma foram as decisões artísticas frente a Francis Ford Coppola e a Zoetroppe, o produtor. A imposição de um preto-e-branco, mutável para com a natureza do filme, colocou em risco uma colaboração há muito desejada. Coppola, que era Coppola, estava contra à coloração da biografia, o que desde então tornaram esta produção num conflituoso “braço de ferro”. O preto-e-branco de O Estado das Coisas é o statment do artista frustrado e pronto a guerrilhar através do seu cinema.

 

Pequena porção, temperamento do tamanho do mundo

Hugo Gomes, 30.04.14

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Com Denzel Washington em "Heart Condition" (James D. Parriott, 1990)

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Na altura um fracasso financeiro e de crítica, hoje constantemente reavaliado: "The Cotton Club" (Francis Ford Coppola, 1984)

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Ao lado de Rhona Mitra no pós-apocalíptico "Doomsday" (Neil Marshall, 2008)

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Na distopia delirante de Terry Gilliam (Brazil, 1985)

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Foi o célebre personagem de videojogo Mário com John Leguizamo no colossal fiasco "Super Mario Bros." (Annabel Jankel & Rocky Morton, 1993)

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Como 'dono' de Jet Li em "Danny The Dog" / "Unleashed" (Louis Leterrier, 2005)

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Na Terra do Nunca com Dustin Hoffman num dos filmes menos relembrados da carreira de Steven Spielberg (Hook, 1991)

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Definitivamente o seu papel mais citado, "Who Framed Roger Rabbit?" (Robert Zemeckis, 1988)

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A sua colaboração com o realizador Neil Jordan e com a atriz Cathy Tyson em "Mona Lisa" (1986)

 

Bob Hoskins (1942 - 2014)