Real.: George C. Wolfe
Int.: Diane Lane, Richard Gere, Viola Davis, James Franco
O adjectivo mais indicado para esta fita é dizer que se trata de uma adaptação de uma história de Nicholas Spark. Autor, esse, conhecido entre as mulheres (e não só) pelos bem sucedidos romances que escrevera, entre os mais conhecido e também virados filmes; Message in a Bottle e The Notebook. Spark nunca e será um Shakespear, mas também são raros os escritores que conseguem sê-lo, mas trata-se de um autor incapaz de criar algo mais além do seu registo e dentro dele inapto para inovar ou sofisticar aquilo que serve de modelo do género. Por outras palavras, Spark é um escritor sem grande talento, apenas limita-se a escrever histórias sem grande profundidade e noção narrativa, poderíamos dizer que se enquadra na mesma categoria de Margarida Rebelo Pinto ou da literatura de lixo que servem como oferta das inúmeras revistas de tablóides, mas com um pormenor que distingue dos anteriores, o seu sucesso a nível global e quando um livro de Sparks é lançado, um filme adaptado é automaticamente planeado como forma de garantir o sucesso fácil.
George C. Wolfe assina a história de uma mulher (Diane Lane), mãe divorciada, que num fim-de-semana ausente decide passa-lo numa hospedaria pertencente á sua amiga. Ela estará sozinha, excepto um hóspede que teimou instalar-se lá mesmo com um aviso prévio de tempestade. Esse homem (Richard Gere) é um médico outrora célebre devastado por uma operação que terminou em tragédia. Ambos passam o fim-de-semana barricados na hospedaria durante a passagem das tormentas e é aí que os dois caiem por amores, um pelo outro.
Se não fosse Diane Lane e a pequena aparição do subestimado James Franco, o filme era ruinoso, a trama é rudimentar e básica, além de tudo com os habituais toques de Spark que oferecem á historia uma previsibilidade familiarizada. Richard Gere é igual a si próprio, ou seja, quase nulo e enfadonho e Viola Davis é desaproveitada (tendo em conta o grande desempenho que nos espera por Doubt de John Patrick Shanley) e a realização é demasiado ligada á sonoplastia e ao bacocismo técnico. Mesmos sendo um aproveitamento de uma história de Nicholas Spark (aliás, um mau livro, tendo em conta a originalidade da “coisa”), os produtores decidiram voltar a apostar na química obtida em Unfaithfull de Adrian Lynn (Richard Gere + Diane Lane), o resultado é uma naturalidade entre os dois actores, mas de resto está á vista. Não sei se sou eu, ou já não á pachorra para melodramas deste género. Se não fosse por Lane …
O melhor – Diane Lane e James Franco
O pior – o argumento e as situações geradas na trama
Recomendações – The Notebook (2004), Autumn in New York (2000), Message in a Bottle (1999)
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