Halloween: Michael de regresso a casa ... sempre!
Halloween 4: The Return of Michael Myers (Dwight H. Little, 1988)
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Quando só se tem cinema na cabeça, dá nisto ...
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Halloween 4: The Return of Michael Myers (Dwight H. Little, 1988)
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Basta a entrada do primeiro plano, uma vista aérea sobre um arena gélida e uma Paris medieval, para percebermos que o grande épico do cinema americano se encontra falido, depenado da sua grandiosidade e rendido aos facilitismos e possibilidades da tecnologia. Em “The Last Duel” constatamos que esse género é reavivado com dificuldade, mas nunca verdadeiramente ressuscitado. Nem era isso que pretendia Ridley Scott, o homem que anda anos a fio agarrado a um dos seus últimos grandes êxitos – “Gladiator” –, que opera como o ilustrador de um filme que vai mais além do que a reconstituição histórica.
O relato real de um dos últimos duelos judiciais em França, em 1386, entre o Cavaleiro Jean de Carrouges e o respeitado escudeiro Jacques de Gris, momento histórico que serviu de inspiração a trovadores e a relatórios minuciosos que fecundaram estudos contemporâneos, foi a matéria para as penas de Matt Damon e Ben Affleck, a dupla de atores e argumentistas consagrada por “Good Will Hunting” há quase 25 anos, fazerem um estudo sobre o papel da mulher nesta autêntica era das Trevas.
Em jeito formal, "The Last Duel" descortina-se em três atos paralelos, três perspetivas. Se preferirmos, “verdades” sobre algo que aconteceu, como uma espécie parcial de “Rashomon” (a obra-prima de Akira Kurosawa de 1950). Mas ao contrário da evidente inspiração nipónica, este filme não tende a refletir a essência da verdade propriamente dita, mas sim a denunciar o entranhado e impune patriarquismo que dominava aquela época sangrenta. Aqui, Jean e Jacques (Damon e Adam Driver) combatem pelas suas honras, mas no centro do seu confronto de feira está uma alegada violação, que, como se pode ouvir a certo momento, não é um “crime contra a mulher”, mas "contra o património do seu tutor legal”.
Portanto, “The Last Duel” lava-se nas águas modernas de um revisionismo histórico #MeToo, desafiando-nos a olhar para estes tempos de peste e cruzadas com uma consciência contemporânea, evitando com isto ceder abruptamente ao básico panfletarismo e elevando dramaticamente a visada Madame Marguerite interpretada por Jodie Comer como a recompensa do embate entre homens viris.
Por outras palavras, “The Last Duel” (um título deveras denunciados se pensarmos que Ridley Scott atingiu a sua primeira notoriedade em 1977 com um filme chamado “The Duellist”) é uma tentativa de desmistificação não só do evento histórico, mas de um género que, anos a fio, esteve profundamente centrado no imaginário masculino. Só que, voltando ao início, a contradição é que a espetacularidade cinematográfica deste género está moribunda, tendo perdido o seu poder produtivo para se encostar ao mero artifício tecnológico. Resta o intimismo que se encontra nas personagens e há uma aproximação a isso neste filme, mas, mais uma vez, sublinhe-se, fica-se pela aproximação...
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Para Eloise (Thomasin McKenzie), os anos 1960 foram uma época de um perfeito deslumbramento. A jovem sonha com essa década, a nível musical e estético, mas também com quotidiano, frequentando um imaginário trazido pelos adereços sobreviventes. Esse “desejo” fará com que, em parte, Eloise encontre o seu pesadelo. Materializada em Anya Taylor-Joy, a reluzente Sandie, jovem ambiciosa e ingénua que anseia um lugar cativo no mundo do espectáculo de Soho e se vê envolvida numa espiral descendente por lidar com uma realidade para lá da “máscara”. Ou, como é literalmente representado numa sequência afunilada e sufocante, nos bastidores da “fantasia”.
Curiosamente, o realizador Edgar Wright trabalha a nostalgia em "Last Night in Soho" não como uma vertente estática, mas sujeita a desconstruções e revisionismos. Será que temos medo desse olhar mais crítico? Ou temos que preservar a fantasia dos últimos dias? São questões que esta variação e aspiração dos filmes "Suspiria" e "Repulsa" poderiam suscitar, mas Edgar Wright é, infelizmente, todo ele entranhado por saudosismos e por um cinema de citação e recitação sem grande pose crítica (o que já vem das paródias passivas de “Shaun of the Dead” e “Hot Fuzz”, até à 'playlist' integrada de “Baby Driver”).
Para além dessas piscadelas de cinéfilo colecionista, este que era um dos filmes de terror mais esperados do ano tende a enveredar por algumas tendências atuais, confundindo-as com modernidade, mas que não correspondem à sua verdadeira natureza. A saber: a de uma variação de género hipnotizado pelo legado e, com isso, formalmente, dependente dele. Neste coração “lufa-lufa” artificial habita Anya Taylor-Joy, já depois de consagrada por "The Queen's Gambit", um corpo celeste que se movimenta numa órbita própria, desconectada de todo o filme. Ela e a sua fantasmagórica personagem, ora avatar, ora premonição, indiciam uma obra que “Last Night in Soho” nunca consegue ser, optando por ceder , como se vê no clímax, ao artificialismo tecnológico.
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Que validade tem um crítico de cinema? Uma das muitas perguntas alavancada na derradeira questão das questões – “O que é um crítico de cinema?” – em quasi-slogan para com a minha jornada (insignificante) no Cinema. Mas voltando ao primeiro termo aqui apontado, não é negativo apontar que o próprio Cinema está acima de qualquer crítica, ou de crítico, um papel redundante e fragilizado com a matéria do tempo, porém, a crítica associa-se ao Cinema como uma ferramenta, não a de compreensão para com a obra em si, e sim como um atalho ao pensamento … “O pensar sobre o Cinema”, frase que se tem tornado numa repetição no meu prolongado discurso em defesa de uma arte sem arte e sem evidentes heroísmos. Porquê buscar isto? Simples, nos últimos tempos, tenho refletido sobre a condição deste “cargo”, a sobrevivência, os propósitos, os peões e a sua cada vez mais notada fragilidade. Hoje dei de caras com este meu texto escrito no ano passado, ou seja, problemas diferentes, a mesma preocupação.
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Continuam a não existir reflexões nesta nova tirada de Edgar Wright, aliás o realizador nunca foi mais além do que as suas imagens (e da sua “playlist”), e em “Last Night in Soho”, mesmo com as tendências narrativas lá embrulhadas, é uma mera variação do seu género vampírico (não o terror propriamente dito, mas a simulação de terror). Objeto com a sua ocasional estética, por vezes deslumbrante graças à sua desconstrução de época (a nostalgia é um engodo enquanto mimetizado) e noutra “sem sal” perante à cedência duma artificialidade tecnologia. Mas no coração deste Suspiria-Repulsa “wannabe” habita Anya Taylor-Joy, a atriz não alheia a acidentadas metamorfoses, de olhos reptilianos e de movimentos economicamente pensados ao seu jeito de graciosidade. Ela (mais uma vez) é o filme que nunca conseguiu atingir.
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Vicky Krieps em "Bergman Island" (2021)
Após uma viagem existencial e amorosa por Mumbai em “Maya” (2018), a prolifera realizadora Mia Hansen-Love convida-nos a percorrer a ilha de Faroo, Suécia, um território apropriado pelo fantasma do cineasta Ingmar Bergman.
Por entre cenários, adereços e endereços e uma presença onipresente do realizador, "Bergman Island” (“A Ilha de Bergman”) consente-se numa jornada interior na relação de realizadores que procuram os seus propósitos e próximos projetos naquele mundo detido por outro. Os atores Tim Roth e Vicky Krieps estão ao serviço da realizadora neste "turismo" cinematográfico, espelhando as angústias e incertezas de uma artesã que sonha aqui conhecer-se verdadeiramente.
Conversei com Mia Hansen-Love logo após a estreia do seu filme no Festival de Cannes, uma passagem não de todo consensual, mas, sem dúvida alguma, pessoal.
Na sessão de Cannes, uma frase do filme levou a sala ao rubro e gostaria que me comentasse. No momento em que se discute os feitos e feitios de Ingmar Bergman, a personagem de Krieps insinua que, em comparação com o cineasta sueco, “não seria possível uma mulher com nove filhos realizar mais de 60 filmes e ‘n’ de peças de teatro”.
Recebi imensos comentários acerca dessa sequência e não falo apenas de jornalistas, mas dos homens que estavam na rodagem e ficaram automaticamente histéricos [risos]. É verdade! Muitos deles ficaram agressivos comigo, questionando-me constantemente “o que queres dizer com isto?" “Uma mulher não era capaz?” “ Como assim?”. Não tentei com aquela frase minimizar ou determinar a criatividade das mulheres, colocando em choque com os parâmetros sociais. Só constatei um facto e não um ponto moral. Temos pena, mas uma mulher não conseguiria ser mãe de nove crianças e fazer 60 filmes. É fisicamente impossível, não é um comentário biológico. Recordo, como se fosse ontem, aquele ambiente de confronto causado por essa frase.
Antes da ilha de Faroo, concretizou “Maya”, em que filmou na Índia, por isso pergunto se usa o cinema como um modo de viajar e conhecer o mundo? Ou, como os americanos etiquetam, é uma forma de fazer “world cinema”?
Não tento com isto fazer “world cinema”, e antes de vir para Cannes rodei metade do meu novo filme em Paris. Não é uma questão de sair de França e começar a realizar “filmes de estrada”, e sim o de procurar filmes que me trazem de volta à realidade. Desde que comecei a fazer filmes, descobri que é através deles que encontro as ferramentas para aprender a voltar a viver e encarar este mundo. Era uma rapariga melancólica na casa dos 20 [anos] que tinha medo e é com o cinema que venço esse medo, não de viver propriamente dito, mas de arriscar, o que faz parte do processo de viver. Portanto, fazer filmes fora do meu país também faz parte desse processo, é um risco que tomo, que me faz crescer e confronta o territorialismo do cinema.
Mia Hansen-Love
Nesse sentido, o que é que aprendeu ao rodar “A Ilha de Bergman”?
Aprendi o quanto amo filmar. Aliás, é em plena rodagem que me deparo com os momentos mais felizes da minha vida. Mas isso já sabia, o que descobri aqui foi que a criação não é inseparável da culpa. Por outro lado, a distância pode motivar essa mesma criação. Quando escrevo os meus filmes, sigo profundamente no meu ser e, por vezes, vou ao reencontro de momentos dolorosos para mim. Igualmente podemos encontrar grande prazer na extração desses mesmos momentos e filmá-los, recriá-los e deixar que atores os apropriem, e por essa via tornarem-se numa outra ‘coisa’. E aprendi a aceitar esse prazer na culpa e “A Ilha de Bergman” resultou numa experiência prazenteira. Como também aprendi muito sobre o próprio [Ingmar] Bergman.
Durante a minha estadia, entranhei em vários documentários e algo que constatei no registo das suas filmagens é que, ao contrário da figura sisuda e séria que temos dele, Bergman parecia luminoso e verdadeiramente feliz na rodagem dos seus filmes. Havia qualquer coisa de positivamente infantil quando os filmava e isso conecta com a sensualidade deste filme. Quando falamos de Bergman, automaticamente falamos de um realizador sério e frio, e não é bem assim, há inocência e sensualidade nos seus filmes. Por exemplo, “Summer with Monika” [“Mónica e o Desejo”, 1953] é um dos filmes mais sensuais. Tendo em conta esses fatores, apercebi-me em “A Ilha de Bergman” que devo encontrar prazer na leveza. O meu cinema foi uma cruzada pela luz, mas é na leveza que encontrei o meu prazer.
Nesta narrativa deparamo-nos com outro filme no seu interior, outra história e trama que coincidem com os sentimentos das suas personagens. Porque decidiu centrar-se nesta narrativa de evidentes camadas?
A história dentro da história foi resultado da minha busca pela forma e o quanto inspiracional ela é. Portanto, encontrei neste método narrativo portas para a minha liberdade - os meus anteriores filmes eram mais realistas ao nível da sua escrita - e queria com isto materializar a minha confusão com que lidava vida e ficção, passado e presente, e, mais uma vez, o prazer disso. Não importa aqui a definição do que é e como se deve comportar o cinema, o que importa é o meu entusiasmo e prazer de o fazer. Julgo que a questão não é o porquê da minha decisão de fazer um filme dentro de outro filme, mas sim o que o filme trata e o que me levou a isso.
Antes de “A Ilha de Bergman”, qual era a sua relação com o cinema de Ingmar Bergman?
Isso é difícil de descrever em poucas palavras. [risos] Comecei a ver os filmes de Bergman nos meus 20 [anos] e bem cedo integrou o meu imaginário. Posso afirmar que Bergman acompanhou o meu crescimento enquanto realizadora. Uma das razões para ter feito este filme é que queria estar mais próximo “dele” e tentar decifrar porque é que ele é tão universal, complexo... ou seja, é tão difícil sumarizar tudo isto em meros minutos. Até na pandemia, no meu apartamento em Paris, regressei várias vezes a Bergman e tornei-o, não oficialmente, no meu lugar de refúgio, por exemplo.
Existe mais algum realizador que cause iguais sentimentos em si?
Sim, tantos, mas os outros são franceses. [risos] Tenho este tipo de relação com o trabalho de Eric Rohmer e François Truffaut... já agora, o italiano Nanni Moretti. Mas o facto é que, para mim, Bergman era familiar e, ao mesmo tempo, distante. Porque era esta figura genial, massiva e intimidativa. E também tenho uma ligação estranha, a minha família é dinamarquesa, por isso tenho sentido uma atração pela Dinamarca e Suécia, e encarei-os sempre como um lugar de fantasia porque uma parte de mim é de lá, mas não os conheço, cresci na França. O que acontece é que Bergman leva-me de alguma maneira a estar próxima das minhas raízes.
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Airplane! (Jim Abrahams e David Zucker, 1980)
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Há uns tempos um debate lançado por uma distribuidora (a ex-maior do país) tentou culpabilizar os filmes portugueses pela sua falta de adesão pública. A questão foi "O que os portugueses desejam ver no seu cinema?". Mas antes que haja respostas à pergunta de "milhões", há que entender que os filmes não caem do céu. Muitos necessitam de outros fatores, entre os quais a dita distribuidora falhou ou indiferentemente negligenciou, ou seja, não se faz "omelete sem ovos". O crítico João Lopes utilizou o Diário de Notícias para incentivar esse pensamento ou simplesmente facto.
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Em “Dune” parto do princípio de que é possível admirar a beleza nos fracassos, ou encontrar fascínio nas derrotas. David Lynch deverá ter sentido esse peso ao transpor a saga literária de Frank Herbert ao grande ecrã após a sua visível ascensão na indústria (“The Elephant Man” e a nomeação ao Óscar garantiram esse holofote), com o desafio de criar no limitado e artisticamente rígido seio de uma produção de milhões envolvidos. O próprio considerou não ser fã do bestseller, aliás de nem sequer ter lido uma única página, pelo que a sua presunção iria levá-lo a uma mazela que ainda hoje recupera na distinta reputação.
Mas fora aprovações e reprovações, devo afirmar, ou antes de mais declarar a minha afeição por uma quimera cinematográfica como esta nas proximidades da estreia da versão (prometedoramente mais fiel) de Denis Villeneuve. Posso encaixar “Dune” algures na minha trajetória pela descoberta pelo meu “eu” cinéfilo, até porque bem cedo e durante algum tempo foi este o filme que o encarreguei do estandarte do “mais estranho” visto (talvez influenciado pelos pensamentos destas personagens que acompanhavam-as e que colocavam o espectador no conhecimento das suas aflições).
Como Lynch, não li nenhuma obra de Herbert sequer, mas a imaginação aqui envolvida, uma ópera espacial contra todas as outras óperas espaciais, ou diria mesmo, ópera-rock tendo em conta a muito atípica banda sonora de TOTO, no qual concentrava um design vanguardista em conformidade com efeitos especiais contemporaneamente inovadores e rapidamente antiquados, e uma carnalidade presente e interveniente (a relembrar as marcas lynchianas deixadas pelo seu inaugural “Eraserhead” ou já referido drama de selo de ouro-óscar), uma história de monstros como disse em jeito orgiástico João Bénard da Costa, numa defesa ao realizador em épocas de crucificações e indiferenças geracionais.
Mas é nesse último ponto que ressalto na minha revisão, uma aura carnal que povoa em toda uma ficção cientifica steampunk, desde o “barão voador”, o nosso grande e asqueroso vilão (Kenneth McMillan), com mórbida sede pelos corpos de jovens ou das fantasias nunca materializadas para com o seu sobrinho, um Adónis assassino-nato interpretado por Sting, ou da sugestão de um incesto edipiano entre o nosso protagonista (um jovem e “verde” Kyle MacLachlan, futuro muso lynchiano) e a sua mãe (uma magnética Francesca Annis) e posteriormente o nascimento de um prematuro para desligar-nos da lógica natural das ‘coisas’, sem referir no meio disto uma criatura fetal que parece ter sido arrancada dos pesadelos paternais de “Eraserhead”. Esta ode ao físico sexualizado e fluído das personagens e relações, são meras manobras distrativas da cerne deste Duna Lynchiano, porque nela encontramos uma entranhada e aos poucos desvendada teologia, o reconto messiânico num universo crente de Deus e que em nome Deste se prega uma nova ordem (passando a ideia da carne ser mera futilidade pecaminosa que será substituída pela limpeza do espírito e do metafisico).
“Dune” falhou o seu objetivo, o de se tornar num êxito instantâneo e duradouro, e com isso a sua oportunidade de se converter numa nova Bíblia cinematográfica, a de um rebelde ideológico contra a tremenda força imperialista (Jesus Cristo é sempre fonte do nosso imaginário). Falhou, porém, a viagem por esta desconjuntura e por vezes esquemática tragédia leva-nos a repensar na definição de “fracasso”, ou a (im)possibilidade de os amar, mesmo conhecendo os seus irremediáveis defeitos e despejos. Mas voltando a referir Bénard da Costa, tal como ele, é naquele prólogo, com uma jovial e cintilante Virginia Madsen a jogar-se pelo ecrã estrelado (à boa maneira de Lillian Gish em “The Night of the Hunter”) e a contextualizar por palavras, sublinha-se, este universo que iremos num ápice penetrar, o qual deparamos na essência deste filme-bastardo, o seu “faz-de-conta”.
Em tempos que a ficção científica requereu a sua seriedade absoluta, (re)ver “Dune” retira-nos do nosso realismo omnipresente e faz-nos acreditar na artificialidade com que se narra uma epopeia.
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I, Tonya (Craig Gillespie, 2017)
Rien à Foutre / Zero Fucks Given (Julie Lecoustre e Emmanuel Marre, 2021)
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