2020: uma odisseia na crítica de cinema
Les Sièges de l'Alcazar (Luc Moullet, 1989)
Inevitavelmente, a pandemia do novo Coronavírus tem vindo a reestruturar a crítica de cinema, uma seleção natural à moda do darwinismo nestes tempos de confinamento. A subsistência dessa arte, o qual integro-me, foi tentativamente documentada no meu artigo no portal C7nema, onde em distantes conversas abordei a situação com alguns dos respeitados profissionais do campo. Um muito obrigado a João Lopes, Inês Lourenço, Rui Pedro Tendinha, Jorge Leitão Ramos, Vasco Câmara e o crítico que preferiu não ser identificado, pelas respostas necessitadas para esta reflexão numa nova era que surge perante nós.
“A quarentena forçada levou ao cancelamento de diversos eventos cinematográficos, pois nenhum é imune à ameaça patológica. A própria ida à sala do cinema tornou-se restrita, para não dizer nula, e nem mencionamos o trauma que virá a seguir e que a China - país onde já reabriram centenas de salas - está já a revelar. Na verdade, o cinema isolou-se agora em múltiplas plataformas de streaming, no VOD, Home Video ou simplesmente na incerteza.” ler texto aqui.
Todavia, mesmo antes da ameaça do Covid19, a crítica de cinema sofria com um abanão que fora o iminente fim da Cahiers du Cinèma, a sagrada instituição que valorizava a arte como um dos últimos redutos do pensamento cinematográfico. Para mais, ler aqui.